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Compaixão

Oi amores!
Bem, espero que estejam ótimos. Sem lamentar o fim do carnaval, hã, que o descanso os tenha trago ao reinicio da labuta com as energias recarregadas. E para os que pularam o tempo todo, que o fim de semana que vem chegando traga a vocês o sono dos justos, não é?

Antes do post de hoje, queria falar de uma pequena novidade ali do lado. Agora vocês podem dizer sobre o que querem que eu fale (não que não podiam antes, mas...). É só preencher o formuláriozinho, bonitinho, que eu falo aqui, assim fica mais organizado.

O tema de hoje foi sugerido pela Re, do blog Letrinhas Combinadas.



Esse tema, eu confesso, foi um imenso desafio. Afinal, o que falar sobre compaixão?
Talvez tenha sido difícil porque é algo um pouco difícil de se ver hoje em dia... bem, de certo modo eu entendo. Diante de tanta armação e trambiques que vemos a cada dia, a gente fica mesmo um pouco descrente de tudo.

Ontem me deparei com uma situação que ilustra um pouco o que quero dizer. Eu e minha mãe voltávamos do mercado, quando um senhor franzino nos parou, ainda há dois quarteirões de casa. Disse ele que estava por três horas andando pelo bairro a procura da irmã, que havia sido internado e sido liberado naquele dia por conta de um atropelamento e que ficaria na casa dessa irmã. Disse então, que como não havia encontrado a irmã, que disse que o encontraria em determinado lugar no bairro, voltaria pra própria casa que fica em um bairro vizinho, e que precisava de dinheiro para a condução. Pensei um pouco e dei a ele o dinheiro, de coração puro (porque também se vai dar alguma coisa, o que quer que seja, faça de coração e não fique se lamentando, se é pra lamentar depois melhor não fazer). Quando viramos a rua, minha mãe disse que era suspeito aquilo, já que o homem estava com bafo de cachaça.

Não sei se entenderam onde eu quis chegar. Pra mim o que foi, foi, o que ele fez de fato com o dinheiro não vem ao caso. Mas, o que eu quis dizer, é que muitas pessoas agem de má fé, e até mesmo uma pessoa piedosa fica “com o pé atrás” na hora de ajudar o próximo. Ninguém, por mais benévolo que seja, quer ser lesado, passado pra trás. E isso também não seria justo. Por outro lado, fechar o coração para tudo, para toda e qualquer situação, não chega a ser o melhor remédio, porque da mesma maneira que tem gente mal intencionada, tem quem realmente precisa.

Apesar de essa não ser, na minha opinião, a melhor solução, vejo que acaba sendo para a maioria das pessoas. Algumas chegam a afetar até mesmo o circulo de pessoas mais próximo, colegas, amigos, família... as pessoas se fecharam em cápsulas de onde nada sai, mas também nada entra, e o ato de doar e de receber se tornou algo até mesmo constrangedor. Sim, receber, uma pessoa que não consegue se doar em prol de outros, que não consegue admitir a necessidade alheia, também não consegue admitir as próprias necessidades perante os outros. Talvez seja por isso que vivemos em um mundo onde ninguém ajuda ninguém (estou falando de maiorias, não generalizando), porque enquanto uns não estão nem aí pra ninguém, os que estão, tem o receio de ser passado para trás, ou até mesmo desconhece a necessidade do próximo....

Bem, acho que hoje eu realmente “viajei na maionese”, acho que de certo modo fugi do tema proposto, mas, é isso que foi vindo à cabeça. Desculpem, é que, pra mim, “compaixão” é uma palavra com uma definição simples, que é ter amor, consideração, respeito, se preocupar com o próximo. Porem, falar dela, não é algo assim tão simples.

Então já sabe, quer sugerir um tema? Clica aqui.

Beijinhos

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